Assim como nossa kombi o fusca tambem teve sua despedida no mexico!
Esse era o Fusca Ultima Edición, de 2003.
O último Fusca - ou melhor, Vocho - foi fabricado em 30 de julho de 2003, no México.
Esse foi o Fusca de número 21.529.464.
No dia 30 de julho de 2003, o México e o mundo diziam adeus ao Fusca de 1ª geração. No caso, o Vocho, como o carro era conhecido no México. Veio a série especial "Ultima Edición". Mas o carro ainda seria o táxi do país (México), até 2012, sendo substituído pelo Nissan Tsuru, o nosso Sentra.
O Fusca popularizou-se em diferentes países e ainda desperta a paixão de vários colecionadores.
Escarabajo, Huevito, Maggiolino, Bug, Coccinelle e Beetle são apenas alguns dos sinônimos utilizados para nomear o Fusca, um dos carros mais populares de toda a história. Os mais simpáticos à modernidade acham que esse automotor tem um sabor de nostalgia e que nem chega aos pés das possantes máquinas hoje produzidas. Por outro lado, uma grande legião de aficionados faz questão de conservar e manter viva a memória desse mito automobilístico.
Apesar do bom nome, a História do Fusca está ligada a um contexto distante do glamour e da simpatia deste pequeno carro. Por volta de 1932, o alemão Ferdinand Porsche começou a esboçar os projetos de um novo carro que se chamaria “Volkswagen”, que em alemão significa “o carro do povo”. No meio tempo em que as primeiras versões eram experimentadas, o governo alemão se interessou pelo projeto e fez um investimento de 200 mil marcos para a fabricação de três protótipos.
Com um surpreendente motor refrigerado a ar, o Fusca saiu do papel com mais de um ano de atraso, com o nome de Volksauto-série VW-3 e testado por extensos 50 mil quilômetros. No ano de 1938, mediante o bom desempenho do veículo, várias ações foram tomadas para que a sua produção em série fosse iniciada. Pouco depois, esse importante passo na vida do Fusca acabou sendo interrompido pela deflagração da Segunda Guerra Mundial.
A partir de 1939, empregando a mesma plataforma do Fusca, os alemães criaram o jipe Kübelwagen, o anfíbio Schwimmvagen e o Kommandeurwagen, que seriam utilizados nos campos de batalha da época. Em 1944, nos fins da guerra, a fábrica localizada em Fallersleben estava completamente destruída pelos bombardeios deflagrados pelas forças aliadas. Sem nenhum prestígio no mercado, a fabricação acabou sendo timidamente retomada pelo major inglês Ivan Hirst. Logo em seguida, o governo recuperou o projeto, deixando-o sob a tutela de Heinrich Nordhoff.
Nessa época, Nordhoff tomou várias providências para que o Fusca alcançasse os patamares de veículos produzidos em larga escala. Já no pós-Segunda Guerra, o veículo ultrapassou a casa dos 25 mil exemplares e lançou a sua primeira versão conversível. Os holandeses logo perceberam a ideia e entraram na história do veículo como o seu primeiro importador. Na década de 1950, os norte-americanos trataram de popularizar o modelo pelas Américas.
Em 23 de março de 1953, a primeira filial da Volkswagen foi instalada no Brasil com a missão de popularizar o Fusca em nossas terras. Nas décadas seguintes, esse lendário automóvel viveu as oscilações que o colocaram entre o estrelato e o declínio. Chegou a ser tema de um filme de Walt Disney, foi ameaçado pela concorrência de modelos mais arrojados e voltou a ser produzido sob os pedidos de um presidente da República. Em 2003, uma festa de despedida marcou a fabricação de seu último exemplar
Em 1950, chegou ao Brasil o primeiro lote de Fuscas importados da Alemanha, que contava com 30 unidades, comprado pela família Matarazzo.
O carro que teve a maior quilometragem sem fundir o motor é o Fusca. Em 1963, Albert Klein conseguiu bater o recorde de rodagem atingindo a marca de 12.512. 852 km.
O nome original do Fusca era KDF (Kraft Durch Freude, que significa "Força através da alegria"). Volkswagen, nome oficial do carro na Alemanha, foi dado originalmente pelo Opel, ligada à General Motors. Quando Hitler e sua comitiva visitaram o salão de Berlim, em 1938, um dos diretores apresentou o modelo KDF como Volkswagen (ou "carro do povo"). Tempos depois, tanto o nome da fábrica como o do carro mudaram para Volkswagen.
O Fusca é o carro que ficou mais tempo em produção em série no mundo inteiro, de 1934 - quando surgiram os primeiros protótipos - a 2003. Só vai perder o recorde neste ano para a Kombi.
Nos anos 30 na Alemanha, muitas pessoas não tinham garagem. Os carros ficavam na rua e a água do radiador congelava. O projeto da Porsche para o Fusca era ter refrigeração a ar, impedindo o congelamento da água.
De acordo com a FBVA, existem 76 clubes registrados no país. Todos tem fuscas no acervo. Do total de clubes, 47 estão no Sudeste.
Muito se fala na "lendária" caixa de câmbio alongada do Volkswagen SP2 e muita gente acha que é só boato, que ela nunca existiu, que era igual a dos Fuscas, etc... Bom ela existiu sim e tinha numeração própria que, como o motor original 1700, começava com as letras BL. Aliás, falando em motor, aqui eu mostro como verificar a numeração do 1700. Esta caixa "alongada" possui uma relação pinhão / coroa de 8x31 e sua razão de transmissão é a seguinte:
1ª marcha: 1 : 3,80
2ª marcha: 1 : 2,06
3ª marcha: 1 : 1,32
4ª marcha: 1 : 0,89
marcha a ré: 1 : 3,88
As numerações das caixas de câmbio de todos os modelos Volkswagen seguem o mesmo padrão e, o que distingue cada modelo são justamente as letras. Abaixo seguem as possíveis numerações e sua relação pinhão / coroa entre parenteses:
BC - Brasilia 1300 Álcool ( 8 X 35 )
BL - SP2 ( 8 X 31 )
BP - Fusca 1300 e 1300L ( 8 X 35 )
BS - Fusca 1500/1600 ( 8 X 33 )
BV - Brasília, Variant, TL e Karmman-Ghia TC ( 8 X 33 )
PC - Variant II ( 8 X 33 )
PD - Gol BX 1300 ( 8 X 33 )
PF - Kombi 1500/1600 ( 7 X 36 )
PM - Gol BX 1600 ( 8 X 31 )
PT - Fusca pós 84 e Fusca Itamar ( 8 X 31 )
PT* - Fusca, Karmman-Ghia e Kombi 1200 ( 7 X 31 )
Vou explicar nesta postagem como proceder para verificar a marcação destes números na caixa de câmbio. O correto seria levantar o carro em um elevacar, ou então em um macaco do tipo jacaré, pois os números ficam bem escondidos, entre os garfos que prendem a caixa ao chassis e, normalmente, é um local que pega muita lama e óleo, dificultando ainda mais a leitura dos dígitos. Esta numeração é impressa no lado direito da caixa (lado do carona), mais ou menos na parte central da caixa, logo abaixo do logotipo da VWB em um ressalto na parede da caixa. A foto abaixo mostra bem o local.
Numeração Caixa de Câmbio Volkswagen_01
Se você não tiver um macaco do tipo jacaré, pode utilizar uma rampa destas que temos em alguns postos de gasolina ou em lavações. Mas se você não tiver nada disso disponível, dá pra fazer o serviço usando o macaco do próprio carro, mas será necessário retirar a roda traseira direita e deitar-se embaixo do carro para visualizar a marcação.
Eu fiz isso hoje com o Pápa-Léguas e, para meu alívio, vi que a caixa de câmbio dele é original mesmo, com numeração iniciando com BL:
Numeração Caixa de Câmbio Volkswagen_02
Uma boa notícia é que, conforme podemos observar na listagem, os Fuscas acima de 84 e os Itamar, além dos Gol BX 1600, possuem a mesma caixa do SP2, com as mesmas relações de marchas. Assim fica mais fácil encontrar uma caixa para seu SP2 caso você precise trocar. Nos câmbios mais novos a numeração fica no mesmo local, porém não iniciam com as letras BL que são exclusivas do SP2.
Em tempo: meu amigo Ralf Pomerening confirmou que a Kombi nova (modelo Flex) também utiliza o câmbio com as mesmas relações de marcha que o SP2.